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VAR tem noite terrível, Corinthians é derrotado na Arena e perde título da Copa do Brasil

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Corinthians de Jonathas não conseguiu vencer o Cruzeiro nesta quarta-feira

Corinthians de Jonathas não conseguiu vencer o Cruzeiro nesta quarta-feira

Reprodução / TV

Corinthians 1 X 2 Cruzeiro

Copa do Brasil 2018
17 de outubro de 2018, 21:45
Corinthians 1 x 2 Cruzeiro
Neo Química Arena, São Paulo, SP.

A noite desta quarta-feira marcou, de longe, a pior partida de futebol disputada no Brasil desde a implementação do árbitro de vídeo, o chamado VAR. Azar do Corinthians... Ajudado e prejudicado por dois erros crassos de Wagner do Nascimento Magalhães, convicto das decisões mesmo depois de consultar ambos os lances na TV, o Corinthians foi derrotado pelo Cruzeiro por 2 a 1, perdendo assim o título da Copa do Brasil em plena Arena Corinthians, em Itaquera.

O Timão, derrotado no Mineirão, necessitava de uma vitória por dois gols de diferença para ficar com o possível tetracampeonato ao fim do tempo normal – ou, quem sabe, triunfar por um tento e levar a decisão às penalidades máximas.

A atuação decepcionante do VAR teve início em falta de Thiago Neves sobre Ralf dentro da área. O volante nitidamente forçou a queda e, mesmo com o árbitro conferindo o replay, teve o penal assinalado; Jadson converteu.

Pouco depois, Pedrinho, que acabara de sair do banco de reservas, anotou golaço de fora da área, por cobertura. Mas o juiz viu suposta falta de Jadson em lance à parte com Dedé – o meia chegou a tocar o peito do zagueiro cruzeirense com o braço. Wagner, em noite infeliz, invalidou a pintura do camisa 38.

No fim, aos 37 minutos da etapa final, De Arrascaeta aproveitou contra-ataque do Cruzeiro e bateu na saída de Cássio, decretando o triunfo dos mineiros e o vice-campeonato do Corinthians em Itaquera.

11 contra 11

Com relação à escalação, Jair Ventura surpreendeu torcedores, imprensa e certamente Mano Menezes. O técnico corinthiano mandou a campo uma formação com três novidades, até pela necessidade de uma vitória. Ganharam oportunidade o volante Gabriel e os atacantes Emerson Sheik e Jonathas.

Distribuído num 4-2-3-1, o Corinthians iniciou com Cássio (capitão); Fagner, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Ralf e Gabriel; Emerson Sheik, Jadson e Romero; Jonathas Jesus.

Escalação Corinthians x Cruzeiro final

Meu Timão

Mano, por sua vez, armou o Cruzeiro da seguinte maneira: Fábio; Edilson, Dedé, Léo e Lucas Romero; Henrique (capitão) e Ariel Cabral; Robinho, Thiago Neves e Rafinha; Barcos.

Abre o olho, Timão!

O Corinthians agora volta suas atenções ao Brasileirão-2018. A equipe atual campeã nacional tem apenas 35 pontos, ocupa a 11ª posição e está a apenas cinco pontos da zona de rebaixamento restando nove rodadas para o fim do torneio.

O time volta a campo no domingo, diante do Vitória, às 16h, no Barradão, em Salvador, pela 30ª rodada da Série A.

Vacilo de Léo Santos

Inflamado pela Fiel, que compareceu em peso à Arena – todos os ingressos haviam sido vendidos de forma antecipada –, o Corinthians começou o duelo no sistema 4-2-3-1, com três homens de meio (Romero, Jadson e Sheik) abastecendo Jonathas, o camisa 9. Alternativa encontrada por Jair Ventura para marcar gols depois de quatro jogos sem marcar sequer um.

Sheik iniciou o embate aberto pela direita. No entanto, ao contrário de Romero, que jogava como um ponta pela esquerda, o atacante de 40 anos de idade não tinha a obrigação de acompanhar o lateral-esquerdo do Cruzeiro a todo o momento.

O nervosismo marcou os primeiros 20 minutos da final em Itaquera, sobretudo do lado alvinegro. Principais responsáveis pela marcação no meio-campo, Ralf e Gabriel cometeram faltas desnecessárias e receberam cartão amarelo. Era o sintoma de um Corinthians que precisava colocar a cabeça no lugar se quisesse conquistar o tetra dentro de casa.

Aos 28 minutos, quando a equipe de Jair Ventura parecia melhor no jogo, o balde d’água fria: Léo Santos arriscou chapéu desnecessário na lateral e viu Barcos roubar a bola facilmente. O centroavante argentino carregou até a área e finalizou de pé direito, acertando a trave de Cássio. No rebote, Robinho pegou de primeira e colocou o Cruzeiro em vantagem na Arena Corinthians.

Se a situação já era ruim, complicou consideravelmente após o gol cruzeirense. O Timão de Jair precisaria anotar dois gols em Fábio para levar a partida aos pênaltis. Desafio possível, mas certamente improvável para uma equipe que mal chutou ao gol mineiro ao longo dos primeiros 45 minutos.

No mais, menção à parte um fato extracampo. Torcedores posicionados no setor Norte, costumeiramente ocupado pelas uniformizadas, entraram em conflito por volta dos 40 minutos. A pequena confusão foi rapidamente apartada, sem necessidade de intervenção da Polícia Militar.

Árbitro de vídeo pra quê?!

O Corinthians voltou com a mesma equipe para o segundo tempo. E bastaram só cinco minutos para a Arena presenciar um lance histórico: Ralf foi derrubado dentro da área e pediu pênalti, mas o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) não apontou para a marca da cal num primeiro momento.

O juiz, então, foi chamado pelo árbitro de vídeo, Wilton Pereira Sampaio (GO), para que revisasse o lance na TV posicionada à beira do campo. Wagner se dirigiu à lateral, assistiu ao replay e então assinalou penalidade máxima a favor do Timão. Jadson foi para a cobrança, bateu no canto direito de Fábio, rasteiro, e deixou tudo igual em Itaquera.

O tento incendiou a Fiel. Era o start necessário para o Corinthians voltar ao jogo. Jair aproveitou o embalo e, com 21 minutos, sacou Jonathas, discreto, para a entrada de Pedrinho.

A essa altura, caro leitor do Meu Timão, já não restava muita estratégia. Não para o Timão. O jeito era se lançar ao ataque, no abafa, e buscar o gol heroico para levar a decisão aos pênaltis.

Pedrinho, com menos de cinco minutos em campo, fez mágica. O meia-atacante alagoano finalizou de longe, de perna esquerda, e encobriu Fábio. O garoto criado no terrão corinthiano decidia de novo, assim como havia feito na semifinal, quando foi herói e brilhou diante do Flamengo.

Só que o VAR entrou em cena mais uma vez na quarta-feira. O árbitro foi orientado e revisar o lance por suposta falta de Jadson em Dedé – de fato, o meia acertou o peito do zagueiro com o braço. O jogador do Cruzeiro, porém, encenou o golpe e levou as mãos ao rosto, dificultando a vida do juiz.

Wagner Nascimento foi à cabine do VAR, conferiu a jogada e, para desespero dos mais de 44 mil corinthianos, invalidou a pintura de Pedrinho.

Já não havia tempo para muita coisa e, para piorar a noite infeliz do VAR, o Cruzeiro selou a justíssima conquista com a vitória. Em contra-ataque pelo meio, De Arrascaeta recebeu cara a cara com Cássio, encobriu o camisa 12 alvinegro e selou o 1 a 2 na Arena. Festa celeste...

Confira os próximos jogos do Corinthians

21 Out, Dom, 16h00 - Vitória x Corinthians - Brasileiro
27 Out, Sáb, 19h00 - Corinthians x Bahia - Brasileiro
04 Nov, Dom, 17h00 - Botafogo x Corinthians - Brasileiro
10 Nov, Sáb, 17h00 - Corinthians x São Paulo - Brasileiro
14 Nov, Qua, 21h45 - Cruzeiro x Corinthians - Brasileiro

Veja mais em: Copa do Brasil, Crônica e Arena Corinthians.

Notas dadas aos personagens da partida

Titulares

Reservas

Treinador

Árbitro

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