Corinthians vive seu maior jejum de títulos dos últimos 35 anos e tenta evitar pior seca desde 1977
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Por Diego Salgado
O Corinthians dará início à temporada 2023 com uma missão importante: evitar o maior jejum de títulos desde 1977. A atual seca alvinegra atinge 1.363 dias, desde 21 de abril de 2019, quando conquistou o Paulistão 2019. Desde então, foram três temporadas completas sem dar uma volta olímpica. É o maior tabu desde 1988, o nono maior da história alvinegra.
Há 35 anos, o Corinthians levantou a taça do Estadual e encerrou, assim, uma seca de 1.691 dias sem gritar é campeão, desde o título do Paulistão de 1983. Dessa forma, caso o clube passe a temporada 2023 em branco, o atual jejum vai superar 1.700 dias e se tornará o maior desde 1977, o sexto maior da trajetória alvinegra.
O maior jejum da história do Corinthians é de 4.218 dias (ou 11 anos e seis meses), entre 1966 e 1977, do Rio-SP dividido com outros três clubes ao mítico Paulistão de 1977. O segundo é entre o Campeonato Paulista de 1954 (que foi decidido em fevereiro de 1955) ao Rio-SP de 1966. Foram 4.067 dias sem títulos. Sem o Rio-SP de 1966, a seca é de 8.285 dias, o famigerado período de quase 23 anos sem conquistas.
O terceiro maior jejum aconteceu entre 1941 e 1950. Da conquista do Paulista ao Rio-SP desses anos, respectivamente, passaram 3.062 dias. A lista ainda traz os seguintes períodos: 2.527 dias (1930 a 1937), 2.254 dias (1916 a 1922), 1.529 dias (1910 a 1914) e 1.414 dias (1924 a 1928). De 1991 (Supercopa do Brasil) a 1994 (Copa Bandeirantes, que rendeu vaga à Copa do Brasil 1995), passaram 1.292 dias.
Durante o atual jejum, que vai completar quatro anos em abril, o Corinthians chegou perto de voltar a levantar uma taça, mas desperdiçou a chance nos pênaltis em duas ocasiões. Primeiro, no Paulistão 2020, diante do Palmeiras. Depois, na Copa do Brasil 2022, contra o Flamengo.
O levantamento realizado pelo Meu Timão, que consultou o Almanaque do Timão, analisou todos os títulos do Corinthians. O maior contraponto dessas secas aconteceu em 2002. Naquele ano, o torcedor comemorou dois títulos em apenas três dias: primeiro, o Rio-SP, em 12 de maio de 2002, depois, a Copa do Brasil, dia 15 de maio.
O segundo menor período é de 23 dias, entre os títulos do Brasileirão 1999 e do Mundial 2000. Na sequência, vem os 42 dias entre o Brasileirão 1990 e a Supercopa do Brasil de 1991, 0s 46 dias entre a Copa do Brasil 1995 e o Paulistão 1995 e os 59 dias entre o Paulistão 2009 e a Copa do Brasil 2009 - mesmo período entre o Paulistão 2013 e a Recopa 2013.
Veja a lista dos maiores jejuns do Corinthians:
- 4.218 dias (1966 a 1977)
- 4.067 dias (1955 a 1966)
- 3.062 dias (1941 a 1950)
- 2.527 dias (1930 a 1937)
- 2.254 dias (1916 a 1922)
- 1.691 dias (1983 a 1988)
- 1.529 dias (1910 a 1914)
- 1.414 dias (1924 a 1928)
- 1.363 dias (2019 até hoje)
- 1.292 dias (1991 a 1994)
Confira também os menores períodos entre títulos:
- 3 dias (2002)
- 23 dias (1999/2000)
- 42 dias (1990/1991)
- 46 dias (1995)
- 59 dias (2013)
- 59 dias (2009)
- 126 dias (1952/1953)
- 144 dias (2017/2018)
- 154 dias (2012/2013)
- 165 dias (2012)