Oposição do Corinthians quer aval do Cori e do Conselho no acordo do naming rights
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Por Rodrigo Vessoni
O iminente anúncio da venda do naming rights do estádio agita o torcedor do Corinthians. E não seria diferente nas alamedas do Parque São Jorge, ainda mais a exatos três meses da eleição presidencial - pleito está marcado para o dia 28 de novembro.
Alguns conselheiros da oposição, por exemplo, acreditam que a acordo comercial deveria ter anuência do Conselho de Orientação (Cori) e do Conselho Deliberativo do clube. Os motivos: o valor substancial (cerca de R$ 350 milhões) e o longo período de vínculo (20 anos).
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Quem cobra tal posição se apega ao artigo 97 do estatuto do Corinthians. A letra "U" desse artigo diz que uma das atribuições do Cori é "aprovar a venda de ativos do clube ou endividamento bancário quando este Estatuto exigir".
Além disso, a oposição cita que, em reunião do Conselho Deliberativo realizada no dia 30 de janeiro de 2017, foi acordado que "qualquer contrato que implique em assunção de obrigação, vamos dizer, não só em termos de valor, mas de comprometimento do patrimônio do Corinthians, deve passar pela avaliação do Conselho". O Plenário aprovou essa proposta, segundo a ata.
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A venda dos naming rights do estádio, na visão desses conselheiros, se encaixa na "venda de ativos do clube" descritas no estatuto. Conselheiros da situação, porém, discordam.
O Meu Timão ouviu uma das pessoas ligadas ao presidente Andrés Sanchez. Na visão desse apoiador do atual mandatário, os dois órgãos fiscalizadores do clube não precisam ser acionados com antecedência. E por três motivos:
- Trata-se de um acordo comercial, que é sempre de responsabilidade do executivo;
- O acordo comercial é para o estádio, que é administrado pelo Fundo Arena Corinthians, com CNPJ diferente do clube;
- Reuniões com membros dos dois órgãos fariam os detalhes serem vazados para a opinião pública, que poderia desagradar à empresa.
Vale lembrar que a eleição presidencial do Corinthians está marcada para o próximo dia 28 de novembro. Augusto Mello e Mário Gobbi já anunciaram suas candidaturas, inclusive, em coletivas. Ricardo Maritan garantiu que também será candidato, assim como Paulo Garcia. O candidato da situação deve ser mesmo Duílio Monteiro Alves.