Nesta segunda-feira, faz uma semana que os 31 torcedores do Corinthians acusados de agredirem policiais estão presos no Rio de Janeiro. Ao longo dos últimos dias, o Meu Timão publicou diversas notícias sobre o tema, incluindo um dossiê com ilegalidades cometidas pela polícia e um texto opinativo sobre o episódio registrado nas arquibancadas do Maracanã .
Confira abaixo uma retrospectiva dos fatos envolvendo os 31 torcedores do Corinthians. Passada uma semana, eles seguem na penitenciária de Bangu após a Justiça do Rio decretar prisão preventiva.
Briga entre corinthianos e policiais
Antes de a bola rolar para o jogo entre Corinthians e Flamengo, no domingo da semana passada, torcedores rubro-negros provocaram a Fiel arremessando objetos e líquidos no setor de visitantes. Os alvinegros revidaram, e então a polícia militar carioca agiu. Corinthianos e policiais entraram em confronto , e um sargento acabou espancado por um grupo de diversos torcedores.
Revista policial e torcedores sem camiseta
Após o jogo entre Corinthians e Flamengo, os quase 3 mil torcedores do Timão presentes nas arquibancadas do Maracanã foram obrigados a ficar sem camiseta e de cabeça baixa para uma revista policial que durou mais de três horas. Há relatos de abuso de autoridade e violência contra os corinthianos. No fim, um grupo de 64 torcedores foram detidos e passaram a noite na Cidade da Polícia.
Nota oficial do Corinthians
O clube do Parque São Jorge, por meio de uma nota oficial emitida em seu site, repudiou a ação policial no Maracanã e denunciou agressão contra torcedores corinthianos. O Timão condenou o fato de 3 mil cidadãos pagarem pela violência de poucas dezenas.
Delegados pedem prisão preventiva
Os delegados cariocas responsáveis pelas investigações deram entrevista coletiva se posicionando a favor da prisão preventiva de 31 dos 64 detidos . Eles alegaram que alguns dos torcedores já tinham passagens pela polícia.
Punição do STJD contra o Corinthians
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva, na noite de segunda-feira, decidiu punir o Corinthians por conta do confronto entre torcedores e policiais no Maracanã. Além de suspender as torcidas organizadas do Timão de todos os estádios do Brasil, o órgão interditou o setor Norte da Arena Corinthians por tempo indeterminado.
Campanha da torcida do Corinthians na internet
Ainda na noite de segunda-feira, torcedores do Corinthians decidiram utilizar as redes sociais para fazer campanha contra a repressão sofrida pela Fiel no Rio de Janeiro. Inúmeros corinthianos publicaram fotos nas redes sociais com a hashtag #NãoSomosBandidos.
Prisão dos corinthianos
Após passarem a noite de segunda para terça na penitenciária de Bangu, os 31 corinthianos tiveram decretada prisão preventiva e assim foram transferidos definitivamente para a cadeia. Eles foram enquadrado nos crimes de lesão corporal, dano qualificado, provocar tumulto em locais de jogos, resistência qualificada e associação criminosa.
Caso de André Tavares
Surgiram na terça-feira relatos de amigos e familiares do torcedor do Corinthians André Tavares . Ele foi preso no Rio de Janeiro apesar de nem mesmo estar no Maracanã no momento da briga entre torcedores e policiais. O Meu Timão ouviu o advogado e a esposa de André e relatou com detalhes a situação do injustiçado torcedor alvinegro.
Alessandro critica brigões
Ex-lateral do Corinthians e atual gerente de futebol do clube, Alessandro Nunes se posicionou na quarta-feira a respeito do episódio de violência do Maracanã. Ele fez críticas pesadas aos torcedores do Timão que vão aos estádios para arrumar confusão e cobrou punição a tais indivíduos.
Revista ilegal dos policiais
Por meio de um depoimento publicado na quinta-feira pelo youtuber Kelvin Thiago, no canal Corinthians Mil Grau , foram revelados novos detalhes da abordagem policial contra os torcedores do Timão nas arquibancadas do Maracanã. Os policiais, de forma ilegal, exigiram acesso a informações dos celulares dos corinthianos.
Protesto da Fiel na final do feminino
Torcedores da Estopim da Fiel presentes no estádio José Liberatti, em Osasco, durante a final da Copa do Brasil feminina, aproveitaram a conquista do título por parte do Audax/Corinthians para protestarem contra a repressão policial do episódio do Maracanã. Eles tiraram a camisa e levantaram uma faixa pedindo a liberdade dos corinthianos.
Por três vezes, habeas corpus é negado
Pela terceira vez na mesma semana, na sexta-feira, a Justiça do Rio de Janeiro n egou pedido de habeas corpus dos 31 corinthianos presos. Assim, os torcedores seguem detidos na penitenciária de Bangu.
Posicionamento de Roberto de Andrade
O presidente do Corinthians, Roberto de Andrade , veio a público na sexta-feira falar sobre o caso de violência do Maracanã. O mandatário se posicionou contrário a excessos tanto dos torcedores quanto da polícia. Sobrou até para o STJD, que havia punido o clube na segunda-feira.
Protesto da Fiel na Arena Corinthians
E exemplo do que já havia acontecido em Osasco na quinta-feira, torcedores do Corinthians tiraram a camisa e levantaram faixas pedindo a liberdade dos torcedores do Timão no Rio de Janeiro. A Fiel deu atenção especial ao caso de André Tavares, preso injustamente.
Sargento defende 'famílias flamenguistas'
Em reportagem publicada pelo programa Esporte Espetacular, da TV Globo, nesse domingo, o sargento agredido por torcedores do Corinthians quebrou o silêncio e concedeu entrevista falando sobre a ação policial no Maracanã. Ele afirmou que a polícia agiu em defesa das famílias flamenguistas , que estariam ameaçadas pelos corinthianos no momento da briga pré-jogo.