Existem duas versões sobre a origem do Mosqueteiro Corinthiano. Sinônimo de fibra, garra e valentia, o mascote caiu como uma luva para o time do Parque São Jorge. O Corinthians, que já nasceu lutando contra as dificuldades dos operários em jogar futebol, tinha tudo para ser uma equipe guerreira.
Primeira versão
A primeira versão começa em 1913, quando a elite do futebol paulista criou a Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA). A maioria dos clubes se transferiu para esta entidade, desfalcando a Liga Paulista, que ficou com apenas três times: o Americano, o Germânia e o Internacional. Eles ganharam a fama de os três mosqueteiros, por resistirem e continuarem na Liga. É ai que o Timão entra nesta história.
Para completar a Liga Paulista, chegou o Corinthians, que até então era uma equipe de várzea. O Timão passou a ser o quarto mosqueteiro. Para ser aceito, teve que demonstrar sua garra e vontade, assim como o personagem do romance francês de Alexandre Dumas.
Como tinham outros times disputando a vaga, o plantel alvinegro participou de um torneio contra o Minas Gerais e o antigo São Paulo, clubes também da várzea. Foi com um placar de 1 a 0 que o Corinthians derrotou o Minas e, logo em seguida, massacrou o São Paulo com quatro bolas na rede. Com isso, o Timão entrou na Divisão Especial da Liga, em 1914.
Segunda versão
A segunda versão é um pouco mais poética. Em fevereiro de 1929, o Corinthians fez um jogo amistoso contra o Barracas, da Argentina, no Parque São Jorge. Através do placar de 3 a 1, aconteceu a primeira vitória internacional corinthiana. Naquele período, o Timão estava iluminado, mas os argentinos não ficavam atrás.
Esta partida marcou a história alvinegra devido à garra e vontade dos dois lados em ganhar o duelo. Thomaz Mazzoni, um cronista da Gazeta Esportiva, escreveu uma matéria no dia seguinte fazendo referências sobre o Timão. O jornalista comparou os jogadores com os bravos e valentes mosqueteiros, tamanha era a força e coragem para vencer.
A partir deste momento, o Mosqueteiro se tornaria alvinegro e passaria a representar a inteligência, habilidade e fibra do Corinthians.